Foi recentemente aprovado pela ANVISA no Brasil o uso do Valdoxan, a agomelatina, um novo medicamento antidepressivo com ação em receptores de melatonina. A agomelatina estava sendo esperada pela comunidade médica pois o seu perfil de eficácia e tolerabilidade é bastante bom. É o primeiro antidepressivo com ação diferente dos neurotransmissores clássicos como a serotonina, dopamina e noradrenalina.
Segundo a EMEA, agëncia regulatória de medicamentos na Europa, a agomelatina representa uma significante inovação no tratamento da depressão. Em estudos comparativos a agomelatina foi superior à venlafaxina no tratamento da depressão, além de ser melhor tolerada.
A agomelatina é um dos antidepressivos com menor índice de cefaleia, dor de cabeça como efeito colateral. Devido ao grande número de evidencias que ligam o sistema de melatonina com a enxaqueca, o potencial de uso da agomelatina no tratamento preventivo da enxaqueca e outras cefaleias é bastante esperado, novas pesquisas informarão detalhes sobre o assunto.
O valdoxan foi lançado em comprimidos de 25 mg, podendo ser ajustada a dose para 50 mg. Espera-se que com a agomelatina o arsenal terapëutico medicamentoso da depressão seja aumentado, com um medicamento que possa agir fora do sistema serotoninérgico, dopaminérgico ou adrenérgico, como são os antidepressivos atualmente. O clássico antidepressivo Prozac, a fluoxetina, por exemplo age como um inibidor da recaptação de serotonina, melhorando a função da serotonina no cérebro. A agomelatina agindo na melatonina abre uma outra opção de tratamento para depressão.
Por Dr. Mario Peres
Médico neurologista, Pós-doutorado
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