quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Indústria reduziu em 94,6% gordura trans em alimentos, diz Saúde

Fábio Tito Do G1,
em Brasília


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, divulgou nesta quinta-feira (25) que 94,6% da indústria alimentícia conseguiu diminuir o índice de gordura trans nos alimentos industrializados para números que estão dentro das recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Os dados são de estudo feito pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) em parceria com o governo federal.

Segundo informações do Ministério da Saúde, as metas foram estabelecidas em 2007 e previam redução para até 5% de gordura trans no total de gorduras em alimentos processados, e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas. Nas categorias de margarinas, cremes vegetais, bolos e biscoitos, no entanto, o ministério afirmou que os resultados foram "menos expressivos".

A iniciativa se originou com a criação do Fórum da Alimentação Saudável pelo Ministério da Saúde e a Abia, também em 2007, acordo que foi renovado nesta quinta para os próximos três anos. Entre as atividades essenciais previstas na renovação do fórum estão, além do combate ao uso da gordura trans, a definição e a adoção de estratégias para reduzir gradativamente os teores de sal/sódio, açúcar e gordura saturada dos alimentos processados.

O ministério informa que o consumo de altas taxas de gordura trans e sal aumentam os riscos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e AVC (acidente vascular cerebral).

Segundo a Abia, as indústrias se comprometeram a estabelecer metas voluntárias de redução gradativa do sódio/sal nos alimentos, considerando a segurança alimentar, qualidade e aceitação de consumo.  As metas ainda não foram definidas. O Ministério da Saúde trabalha com a expectativa de reduzir pela metade o consumo de sal pela população brasileira até 2020.

A associação calculou que, com a redução verificada, cerca de 230 mil toneladas de gordura trans deixaram de ir para os alimentos no ano de 2009, em comparação com 2008.

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